Geographical analysis on the territorialization process of structural violence: socio-spatial segregation and territory-forming agents

a segregação socioespacial e os agentes formadores do território

Authors

DOI:

https://doi.org/10.19123/REixo.v14n2.11


Abstract

Our research centers on the field of geography and employs a critical analysis of structural violence as its main topic, considering that the very origin of this social question is also territorial, and there is no territory without the involvement of social agents. This study is grounded on the perspectives of Santos and Silveira (2001), Haesbaert (2004a, 2004b, 2004c, 2014), Saquet (2004), Cruz Neto and Moreira (1999), Minayo (2007) and Santos (2021), and strives to analyze how the territorialization process of structural violence occurs in socially and spatially segregated territories, where precarious inclusion is noticeable. In this framework, the Administrative Region of Paranoá, located in the Federal District, was selected as a spatial sample, a region that has always had an excluding socio-spatial context since its inception. Thus, it was possible to identify the residents, at the cost of plenty of struggle and resistance, as the main territory-forming agents, while the state, as territory-forming agent, was identified as absent and/or negligent in its attributions, allowing the materialization and immaterialization of the territorialization processes of structural violence. Regarding the methodology, a qualitative approach was adopted, using semi-structured interviews and multimedia translation. In order to investigate the empirical data collected a set of content analysis techniques have been utilized, mainly a categorical analysis, aiming to organize the methodological bases in a rigorous and systematic manner. Ultimately, the present study seeks to contribute to geographical studies in the academic setting, considering a shortage of research related to the concept of structural violence analyzed through a geographical lens.

Author Biographies

  • Ana Clara Bolzon Santos, Universidade de Brasília

    Mestre em Geografia pela Universidade de Brasília (UnB)

  • Fernando Luiz Araújo Sobrinho, Universidade de Brasília

    Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

References

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Impacto da violência na saúde dos brasileiros. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. (Série B – Textos Básicos de Saúde).

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Tradução de Luciana de Oliveira da Rocha. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

CRUZ NETO, O.; MOREIRA, M. R. A concretização de políticas públicas em direção à prevenção da violência estrutural. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 33-52, 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v4n1/7129.pdf. Acesso em: 28 jan. 2017.

FERREIRA, I. F. C. B.; PENNA, N. A. Território da violência: um olhar geográfico sobre a violência urbana. GEOUSP: Espaço e Tempo, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 155-168, 2005.

FONSECA, F. O. (Org.). Olhares sobre o lago Paranoá. Brasília, DF: Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, 2001.

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (Unicef). As múltiplas dimensões da pobreza na infância e na adolescência no Brasil: estudo completo. Brasília, DF: Unicef, 2023.

GUERRA, V. N. A. Violência de pais contra filhos: a tragédia revisitada. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

HAESBAERT, R. Da desterritorialização à multiterritorialidade. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, v. 29, n. 1, p. 11-24, jan. 2003.

HAESBAERT, R. Dos múltiplos territórios à multiterritorialidade. Porto Alegre: UFRGS, 2004a.

HAESBAERT, R. Precarização, reclusão e “exclusão” territorial. Terra Livre, Goiânia, v. 2, n. 23, p. 35-52, jul./dez. 2004b.

HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multi-territorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004c.

HAESBAERT, R. Viver no limite: território e multi/ transterritorialidade em tempos de in-segurança e contenção. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

KRUG, E. G.; DAHLBERG, L. L.; MERCY, J. A.; ZWI, A. B.; LOZANO, R. Relatório mundial sobre violência e saúde. Brasília, DF: OMS, 2002.

MARTINS, L. S. P. Da madeirite ao cimento: narrativas sobre os movimentos pró-fixação do Paranoá. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA: CONHECIMENTO HISTÓRICO E DIÁLOGO, 27., 2013, Natal. Anais... Natal: ANPUH, 2013.

MINAYO, M. C. S. Violência contra crianças e adolescentes: questão social, questão de saúde. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, Recife, v. 1, n. 2, p. 91-102, maio/ago. 2001.

MINAYO, M. C. S. Conceitos, teorias e tipologias de violência: a violência faz mal à saúde. In: NJAINE, K.; ASSIS, S. G.; CONSTANTINO, P.; JOVIANA QUINTES AVANCI, J. Q. Impactos da violência na saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007. p. 21-42.

MINAYO, M. C.; LIMA, C. A. Processo de formulação e ética de ação da Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e Violências. In: NJAINE, K.; ASSIS, S. G.; CONSTANTINO, P.; JOVIANA QUINTES AVANCI, J. Q. Impactos da violência na saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007. p. 43-56.

PARANOÁ em 1990. [Brasília: s.n.], nov. 2009. 1 vídeo (3min). Publicado pelo canal paranoa100. Análise de imagens do Paranoá em 1990! Geradas a partir de cópias originais em VHS, do Projeto PARANOARTE, idealizado pelo prof. Nelson (ARTES). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JVFFVyo3eoU. Acesso em: 28 jan. 2024.

PINHEIRO, E. M.; KAKEHASHI, T. Y.; ANGELO, M. O uso de filmagem em pesquisas qualitativas. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, v. 13, n. 5, p. 717-722, out. 2005.

RODRIGUES, A. M. Desigualdades socioespaciais–a luta pelo direito à cidade. Revista Cidades, Rio Claro, v. 4, n. 6, p. 73-88, 2007.

SANTOS, A.C. B. A territorialização da violência escolar: um olhar geográfico na Região Administrativa do Paranoá. 2004. 248 f. Dissertação (Mestrado em Gestão Ambiental e Territorial) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2021.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SAQUET, M. A. O território: diferentes interpretações na literatura italiana. In: RIBAS, A. D.; SPOSITO E. S.; SAQUET, M. A. (Orgs.). Território e desenvolvimento: diferentes abordagens. Francisco Beltrão: Unioeste, 2004. p.121-147.

SAQUET, M. A. As diferentes abordagens do território e a apreensão do movimento e da (i) materialidade. Geosul, Florianópolis, v. 22, n. 43, p. 55-76, jan./jun. 2007.

SILVA, M. P. Faces da metrópole: desigualdades sociespaciais e violência no distrito de Icoaraci, Belém - PA. 2018. 168 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018.

SILVA, A. H.; FOSSÁ, M. I. T. Análise de conteúdo: exemplo de aplicação da técnica para análise de dados qualitativos. Qualit@s Revista Eletrônica, Campina Grande, v. 17, n. 1, p. 1-14, 2015. Disponível em: http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/view/2113/1403. Acesso em: 03 fev. 2018.

SPOSITO, M. P. A instituição escolar e a violência. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 104, p. 58-75, mai

Published

2025-08-19

Issue

Section

Ciências Humanas

Categories

How to Cite

BOLZON SANTOS, Ana Clara; ARAÚJO SOBRINHO, Fernando Luiz. Geographical analysis on the territorialization process of structural violence: socio-spatial segregation and territory-forming agents: a segregação socioespacial e os agentes formadores do território. Revista Eixo, Brasília, v. 14, n. 2, p. e11, 2025. DOI: 10.19123/REixo.v14n2.11. Disponível em: https://revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/revistaeixo/article/view/136.. Acesso em: 23 oct. 2025.