Capacidade funcional, quedas e desempenho físico de idosos longevos

um estudo transversal, exploratório e analítico

Resumo

O número de pessoas idosas com idade igual ou superior a 80 anos cresce a cada dia, de forma que a capacidade funcional dessa população, bem como seu desempenho físico e a ocorrência de quedas, são assuntos de extrema importância. Este artigo teve como objetivo verificar a capacidade funcional de pessoas idosas de perfil ambulatorial, atendidas em uma unidade de saúde do Distrito Federal, e sua relação com quedas e desempenho físico. Trata-se de um estudo transversal, exploratório e analítico, no qual foram utilizadas as escalas de Katz, Lawton e Brody, Baltes e Reuben para verificar a capacidade funcional, e o desempenho físico foi avaliado pela SPPB. Para a análise descritiva da amostra, foi feita média, desvio-padrão e frequência. Aplicaram-se testes não paramétricos, como Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Qui-quadrado e Correlação de Pearson, e, para amostras independentes, o teste t de Student. A amostra foi composta por 50 indivíduos, dos quais a maioria apresentou independência para atividades básicas e dependência parcial para as atividades instrumentais de vida diária. Apesar da dependência parcial para as atividades instrumentais de vida diária, grande parte dos participantes ainda pratica atividades sociais. A capacidade funcional não apresentou relação com o histórico de queda nem com o desempenho físico, este também não apresentou relação com o histórico de quedas. Conclui-se que as pessoas idosas longevas avaliadas apresentaram independência para realizar atividades básicas do dia a dia e, embora necessitem de auxílio para executarem as atividades instrumentais, não as deixam de realizar. Além disso, não houve relação entre capacidade funcional e quedas, nem com desempenho físico.