Reflexões acerca Educação Básica brasileira:
análise crítica e transformações possíveis
DOI:
https://doi.org/10.19123/REixo.v13n3.11Palabras clave:
improdutividade escolar, gestão democrática, desigualdade estrutural, educação pública, pedagogia críticaResumen
Este artigo ensaístico (Barthes, 1977) revisa criticamente a improdutividade da escola pública no Brasil, utilizando-se da metodologia qualitativa (Demo, 2001; 2008), que apresenta uma abordagem crítica, interpretativa, flexível e emancipadora, promovendo compreensão profunda dos fenômenos. A escola pública, essencial na promoção da democracia e no cumprimento do direito à educação, assegurado pela Constituição Federal, enfrenta inúmeros desafios. Responsável pela maior parte das matrículas na educação básica, essa rede sofre com o problema crônico de financiamento insuficiente, especialmente nos municípios que concentram a maioria dos estudantes. Como resultado, a improdutividade desse sistema é evidenciada por altos índices de evasão, repetência e desempenho acadêmico insatisfatório, impactando negativamente o desenvolvimento social e econômico do país. Essa questão está intimamente ligada à desigualdade estrutural, uma vez que a educação pública é frequentemente menos financiada e valorizada em comparação à educação privada, perpetuando, assim, a divisão de oportunidades entre as classes sociais. Diante desse cenário, teóricos defendem que a escola pública deve promover uma educação crítica e emancipadora, fundamentada no diálogo e na participação ativa dos estudantes. Nesse contexto, ao estimular o engajamento coletivo, a gestão democrática é vista como uma alternativa eficaz para combater a improdutividade. Além disso, a pesquisa como princípio educativo é sugerida como uma estratégia para dinamizar o ambiente escolar e promover igualdade de oportunidades, formando cidadãos conscientes e participativos.
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