Reflexões sobre a formação continuada em Educação Ambiental Crítica a partir do curso para professores “Educa-Ação Ambiental”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19123/REixo.v14n1.11

Palavras-chave:

educação ambiental crítica, formação continuada, prática docente, ensino-aprendizagem

Resumo

Este estudo analisa as contribuições de um curso de formação continuada na Educação Ambiental Crítica (EAC) para a ressignificação das práticas pedagógicas e compreensões teóricas de docentes da Educação Básica. O curso "Educa-Ação Ambiental", fundamentado nas Teorias Críticas e na Pedagogia Freiriana, foi desenvolvido como um produto educacional de Mestrado Profissional e estruturado em quatro oficinas pedagógicas. A metodologia adotada foi a Pesquisa-Ação, articulada à análise de conteúdo, com a participação de nove professoras dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Os resultados demonstram que, após o curso, as professoras expandiram sua concepção sobre a EAC, passando de uma visão conservacionista e fragmentada para uma abordagem sociopolítica e interdisciplinar. Além disso, relataram mudanças concretas na prática docente, como a adoção de metodologias ativas (exemplo: caminhada fotográfica e pesquisa-oral) e o uso de temas geradores na abordagem da EA em sala de aula. No entanto, desafios como falta de tempo para planejamento e apoio institucional insuficiente foram apontados como entraves à implementação dessas práticas. Conclui-se que formações continuadas embasadas na EAC potencializam a articulação entre teoria e prática, promovendo um ensino mais contextualizado, interdisciplinar e emancipatório.

Biografia do Autor

  • Clayton Tôrres Felizardo, UERJ / Professor

    Professor Substituto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), do Departamento de Atendimento Educacional Especializado (DAEE). Atua como Professor-tutor a Distância da pós-graduação em Educação Especial e Inovação Tecnológica (UFRRJ), e também como Tutor Presencial da graduação em Ciências Biológicas (UERJ/CEDERJ) das disciplinas de Elementos da Ecologia e Conservação, Botânica 1, Instrumentação para o Ensino de Ciências e Educação Ambiental. Mestre em Educação Básica (UERJ). Pós-graduando em Educação Ambiental (UFPEL); e Currículo e Prática Docente nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (UFPI). Possui pós-graduações em: Educação Inclusiva (IFMG); Educação a Distância (IFRO); Ciências da Natureza e suas Tecnologias (UFPI); e Ensino de Ciências e Biologia (UFRJ). Graduado em Ciências Biológicas (UERJ). Possui experiência como bolsista de Iniciação Científica em Bioquímica (UFRRJ). Foi bolsista do PIBID CAPES UERJ na área de Educação Especial Inclusiva, desenvolvendo experimentos e também jogos adaptados e interdisciplinares de Biologia, Química e Física. Membro do grupo de pesquisa Alfabetização Científica e o Ensino de Física, Química e Biologia na Escola Básica. Foi Mediador Acadêmico (2022.1-2023.2) da pós-graduação em Ciências da Natureza e suas Tecnologias (UERJ). (Texto informado pelo autor)

  • Maria Beatriz Dias da Silva Maia Porto, UERJ/Professora

    Possui graduação em Física, Bacharelado e Licenciatura, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Possui mestrado e doutorado em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fez pós-doutorado em Física, na área de Teoria Quântica de Campos, na modalidade de fixação de recém-doutor, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pós-doutorado no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, também na área de Teoria Quântica de Campos. Atualmente é Professora Associada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com Dedicação Exclusiva, atuando na Educação Básica e na Educação Superior. Tem experiência acadêmica na área de Física , com ênfase em Teoria Geral de Partículas e Campos, atuando, principalmente, nas seguintes linhas de pesquisa: Teoria Supersimétrica de Chern-Simon-Kalb-Ramon, Cordas Cósmicas, Teorias com Derivadas de Ordem Superior, Quantização Simplética e Supersimetria. Ingressou como professora efetiva da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2005, sendo lotada no Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira. A partir do ano de 2006 passou a atuar também nas áreas de História da Ciência e Ensino de Ciências da Natureza com ênfase, principalmente, nas linhas de História da Física, Formação de Professores, Ensino de Ciências em Espaços não-formais e a utilização de Metodologias Ativas nos Processos de Ensino e de Aprendizagem. Foi Coordenadora do Projeto PIBID Interdisciplinar 2014-2017, Campus Maracanã/Uerj. É Coordenadora do Projeto de Residência Pedagógica da área de Física desde 11/2020 - Campus Maracanã/Uerj. Coordenou o Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica (PPGEB), do qual é docente permanente, de maio de 2017 até agosto de 2020. De agosto de 2020 até o presente atua como coordenadora na Linha de Pesquisa Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio do PPGEB. É líder do Grupo de Pesquisa: Alfabetização Científica e o Ensino de Física, Química, Biologia, Ciências e Matemática na Educação Básica.

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Publicado

2025-04-30

Edição

v. 14 n. 1 (2025): Revista Eixo

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Como Citar

Reflexões sobre a formação continuada em Educação Ambiental Crítica a partir do curso para professores “Educa-Ação Ambiental”. (2025). Revista Eixo, 14(1), 110-117. https://doi.org/10.19123/REixo.v14n1.11

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