The crossroads as a method for activating ancestral and community technologies of care and healing

Authors

DOI:

https://doi.org/10.19123/REixo.v14.n1.4

Keywords:

Decolonial, Crossroads, Inter-scientificity, Decolonial; CrossrAncestral and Community Technologies;, Popular Therapists

Abstract

This is a manifest-text, situated in the method of the crossroads, which calls for epistemological shifts in favor of ancestral and popular technologies of care and healing. In a theoretical-critical style, it proposes to put pressure on white-hegemonic ways of doing health research, [re]affirming the centrality of ancestral and popular pluriversalities and cosmoperceptions as the driving force behind sophisticated systems of care. In a spiral movement, a conversation is established in which the ethnographic method is called upon to be traversed by the offal of the interlocutor field, allowing itself to be affected by the cosmoperception of those who are the protagonists of this knowledge-doing-practice based on oral-ancestral memory. From there, ancestral and popular technologies are repositioned as a living science that operates beyond institutionalization and ethnocentric methodological systematization. Finally, the struggle for belonging and for the right to exist of the notorious ancestral and popular know-how and practices, together with their technologies, is highlighted. The crossroads thus emerges as a libertarian, counter-hegemonic and decolonial method, evoking the House as a space-place of inventiveness and dialogical oral readings, where ancestry forges identities and [re]existences in territories and communities that lead networks of sociability and care. The main finding is that the methodology for producing scientific evidence is operated by whiteness and its technologies of fear, hence the need for the crossroads as a pluriversal method for decolonizing scientific production in health.

Author Biographies

  • George Luiz Néris Caetano, Universidade de Brasília (UnB)

    Brasiliense, apaixonado pela beleza dos ipês amarelos e escritor de oralidades. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade de Brasília (UnB), tem pesquisado sobre o Sistema Terapêutico Popular de Cuidados à Saúde; Tecnologias Ancestrais e Memória Oral-Ancestral. Filho e neto de professoras, é Especialista em Docência para a Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), sendo licenciado em Pedagogia pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

  • Rosamaria Giatti Carneiro, Universidade de Brasília (UnB)

    Professora associada do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB), orientadora no Programa de Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - Estudos Comparados sobre as Américas (PPGECsA/UnB). É Doutora em Ciências Sociais pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

  • Daiana Maria Santos de Sousa Silva, Universidade de Brasília (UnB)

    Advogada. Professora universitária do curso de direito do UNICEPLAC. Mestra em Direitos Sociais e Processos Reivindicatórios - IESB. Mestra em Saúde Coletiva, UnB. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais - Estudos Comparados sobre as Américas (PPGECsA/UnB).

References

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.

AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994.

CAETANO, George Luiz; CARNEIRO, Rosamaria Giatti. Cuidanças não farmacológicas: a travessia de uma terapeuta popular pela sindemia de Covid-19. In: Maluf, Sônia Weidner; Franch, Mônica; Silva, Luziana; Carneiro, Rosamaria Giatti; Silva, Érica Quinaglia. (Org.). Antropologias de uma pandemia: políticas locais, Estado, saberes e ciência na Covid-19. 1ªed. Florianópolis: Edições do Bosque (UFSC), 2024, v. 1, p. 425-455

CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos terreiros: e como a escola se relaciona com crianças de Candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.

CARNEIRO, Rosamaria. Giatti. O Peso do Corpo Negro Feminino no mercado da saúde: mulheres, profissionais e feministas em suas perspectivas. Mediações - Revista de Ciências Sociais, v. 22, p. 394-424, 2017.

CARNEIRO, Rosamaria Giatti. Cartas para mim ou sobre mim? Notas autoetnográficas de um puerpério não silenciado. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, e21306, p. 1-34, 2021.

CORAZZA, Sandra Mara. Conversatório. In: CORAZZA, Sandra Mara (Org.). Fantasias de escritura: filosofia, educação, literatura. Porto Alegre: Sulina, 2010. p. 7-8.

DAMATTA, Roberto. O Ofício do Etnólogo ou como ter Anthropological Blues. In: NUNES, Edson de Oliveira (Org.). A aventura sociológica: Objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, p. 23-35.

DIOP, Cheikh Anta. The African Origin of Civilization. Chicago: Lawrence Hill Books, 1974.

GUIMARÃES, Sílvia Maria. Olhares diversos sobre pessoas e corporalidades: os saberes e práticas de terapeutas populares na região do DF e entorno. In: DIAS, Cristina; GUIMARÃES, Sílvia Maria (Org.). Antropologia e Saúde: diálogos indisciplinados. 1ª ed. Juiz de Fora: Editora da UFJF, v. 1, p. 68-99, 2017.

HALL, Stuart. Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018.

HAMPÂTÉ BÂ, Amadou. A Tradição Viva. In: KI-ZERBO, Joseph (Org.). História Geral da África: Metodologia e pré-história da África. Vol. I. São Paulo: Ática/Unesco, 2010. p. 222-267.

MALUF, Sônia Weidner. Além do templo e do texto: desafios e dilemas dos estudos da religião no Brasil. Antropologia em Primeira Mão, v. 124, p. 1-14, 2011. Disponível em: https://apm.ufsc.br/ files/2011/05/124.pdf. Acesso em: 31 maio 2024.

MINAYO, Maria Cecília. Trabalho de campo: contexto de observação, interação e descoberta. In: O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: HUCITEC, 2010. p. 61-76.

MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

NASCIMENTO, Abdias do. Quilombismo. Rio de Janeiro: Vozes, 1980.

PÓVOAS, Ruy do Carmo. A memória do feminino no candomblé: tecelagem e padronização do tecido social do povo de terreiro. Ilhéus: Editus, 2010.

PINHEIRO, Bárbara Carine Soares. Como ser um educador antirracista. São Paulo: Planeta do Brasil, 2023.

RAMOSE, Mogobe. Sobre a legitimidade e o estudo da filosofia africana. Ensaios Filosóficos. Rio de Janeiro, v. 4, out. 2011.

SANTOS, Antônio Bispo dos. Quilombos: Modos e Significados. Teresina: Editora COMEPI, 2007.

SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal, 1990.

Published

2025-04-30

Data Availability Statement

Todos os dados estão disponíveis no corpo do texto e são de acesso público.

How to Cite

The crossroads as a method for activating ancestral and community technologies of care and healing. (2025). Revista Eixo, 14(1), 41-49. https://doi.org/10.19123/REixo.v14.n1.4

Most read articles by the same author(s)

1 2 3 4 5 > >> 

Similar Articles

You may also start an advanced similarity search for this article.