The crossroads as a method for activating ancestral and community technologies of care and healing
DOI:
https://doi.org/10.19123/REixo.v14.n1.4Keywords:
Decolonial, Crossroads, Inter-scientificity, Decolonial; CrossrAncestral and Community Technologies;, Popular TherapistsAbstract
This is a manifest-text, situated in the method of the crossroads, which calls for epistemological shifts in favor of ancestral and popular technologies of care and healing. In a theoretical-critical style, it proposes to put pressure on white-hegemonic ways of doing health research, [re]affirming the centrality of ancestral and popular pluriversalities and cosmoperceptions as the driving force behind sophisticated systems of care. In a spiral movement, a conversation is established in which the ethnographic method is called upon to be traversed by the offal of the interlocutor field, allowing itself to be affected by the cosmoperception of those who are the protagonists of this knowledge-doing-practice based on oral-ancestral memory. From there, ancestral and popular technologies are repositioned as a living science that operates beyond institutionalization and ethnocentric methodological systematization. Finally, the struggle for belonging and for the right to exist of the notorious ancestral and popular know-how and practices, together with their technologies, is highlighted. The crossroads thus emerges as a libertarian, counter-hegemonic and decolonial method, evoking the House as a space-place of inventiveness and dialogical oral readings, where ancestry forges identities and [re]existences in territories and communities that lead networks of sociability and care. The main finding is that the methodology for producing scientific evidence is operated by whiteness and its technologies of fear, hence the need for the crossroads as a pluriversal method for decolonizing scientific production in health.
References
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994.
CAETANO, George Luiz; CARNEIRO, Rosamaria Giatti. Cuidanças não farmacológicas: a travessia de uma terapeuta popular pela sindemia de Covid-19. In: Maluf, Sônia Weidner; Franch, Mônica; Silva, Luziana; Carneiro, Rosamaria Giatti; Silva, Érica Quinaglia. (Org.). Antropologias de uma pandemia: políticas locais, Estado, saberes e ciência na Covid-19. 1ªed. Florianópolis: Edições do Bosque (UFSC), 2024, v. 1, p. 425-455
CAPUTO, Stela Guedes. Educação nos terreiros: e como a escola se relaciona com crianças de Candomblé. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.
CARNEIRO, Rosamaria. Giatti. O Peso do Corpo Negro Feminino no mercado da saúde: mulheres, profissionais e feministas em suas perspectivas. Mediações - Revista de Ciências Sociais, v. 22, p. 394-424, 2017.
CARNEIRO, Rosamaria Giatti. Cartas para mim ou sobre mim? Notas autoetnográficas de um puerpério não silenciado. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, e21306, p. 1-34, 2021.
CORAZZA, Sandra Mara. Conversatório. In: CORAZZA, Sandra Mara (Org.). Fantasias de escritura: filosofia, educação, literatura. Porto Alegre: Sulina, 2010. p. 7-8.
DAMATTA, Roberto. O Ofício do Etnólogo ou como ter Anthropological Blues. In: NUNES, Edson de Oliveira (Org.). A aventura sociológica: Objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro: Zahar, 1978, p. 23-35.
DIOP, Cheikh Anta. The African Origin of Civilization. Chicago: Lawrence Hill Books, 1974.
GUIMARÃES, Sílvia Maria. Olhares diversos sobre pessoas e corporalidades: os saberes e práticas de terapeutas populares na região do DF e entorno. In: DIAS, Cristina; GUIMARÃES, Sílvia Maria (Org.). Antropologia e Saúde: diálogos indisciplinados. 1ª ed. Juiz de Fora: Editora da UFJF, v. 1, p. 68-99, 2017.
HALL, Stuart. Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018.
HAMPÂTÉ BÂ, Amadou. A Tradição Viva. In: KI-ZERBO, Joseph (Org.). História Geral da África: Metodologia e pré-história da África. Vol. I. São Paulo: Ática/Unesco, 2010. p. 222-267.
MALUF, Sônia Weidner. Além do templo e do texto: desafios e dilemas dos estudos da religião no Brasil. Antropologia em Primeira Mão, v. 124, p. 1-14, 2011. Disponível em: https://apm.ufsc.br/ files/2011/05/124.pdf. Acesso em: 31 maio 2024.
MINAYO, Maria Cecília. Trabalho de campo: contexto de observação, interação e descoberta. In: O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: HUCITEC, 2010. p. 61-76.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
NASCIMENTO, Abdias do. Quilombismo. Rio de Janeiro: Vozes, 1980.
PÓVOAS, Ruy do Carmo. A memória do feminino no candomblé: tecelagem e padronização do tecido social do povo de terreiro. Ilhéus: Editus, 2010.
PINHEIRO, Bárbara Carine Soares. Como ser um educador antirracista. São Paulo: Planeta do Brasil, 2023.
RAMOSE, Mogobe. Sobre a legitimidade e o estudo da filosofia africana. Ensaios Filosóficos. Rio de Janeiro, v. 4, out. 2011.
SANTOS, Antônio Bispo dos. Quilombos: Modos e Significados. Teresina: Editora COMEPI, 2007.
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro: ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Graal, 1990.
Downloads
Published
Data Availability Statement
Todos os dados estão disponíveis no corpo do texto e são de acesso público.
License
Copyright (c) 2025 George Luiz Néris Caetano, Rosamaria Giatti Carneiro, Daiana Maria Santos de Sousa Silva (Autor)

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Nos seguintes termos:
- Atribuição - Você deve dar o crédito apropriado , fornecer um link para a licença e indicar se as alterações foram feitas . Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de qualquer forma que sugira que o licenciante endossa você ou seu uso.
- Não Comercial - Você não pode usar o material para fins comerciais .
- ShareAlike - Se você remixar, transformar ou construir sobre o material, você deve distribuir suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos legais ou medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outros de fazer qualquer coisa que a licença permita.